Prezados (as) senhores (as): É com enorme satisfação que a ADCE Minas realiza o 44º Encontro de Reflexão em parceria com a Paróquia Nossa Senhora Rainha que nos acolhe neste agradável espaço. Ao iniciar esta minha participação, para compartilhar os VALORES E PRINCIPIOS DA ADCE, gostaria inicialmente de agradecer aos associados da ADCE-MG e convidados que gentilmente aceitaram o nosso convite. Um agradecimento especial aos palestrantes que também aceitaram nosso convite para compartihar suas ideias e experiências acerca de temas tão presentes na nossa sociedade atual. Não poderia também deixar de destacar e agradecer a presença do SÉRGIO CAVALIERI, a quem sucedi na ADCE MINAS e hoje a frente da ADCE-BRASIL, bem como dos ex-presidentes, Dr. José Guido e Maurício Tiburcio. ADCE Minas segue as diretrizes da União Internacional de Empresários Cristãos – UNIAPAC – sob a coordenação da ADCE Brasil e tem como pilares estratégicos a geração de conhecimento teórico e prático sobre a temática da Responsabilidade Social Empresarial; da sustentabilidade; e da prevalência da dignidade do ser humano na relação entre o capital e todas as partes com a qual se relaciona. Se faz presente na Sociedade fomentando a humanização das relações nas empresas, comunidades e famílias através de seus dirigentes como veículos de transformação social. Congrega empresários, líderes empresariais, dirigentes de empresas (administradores, diretores, gerentes, supervisores), profissionais de liberais e outros. Todos aqueles que têm influência perante a sociedade e/ou a comunidade que pertencem. É uma associação de “formação” – que se presta a criar bases para que o associado possa vivenciar o ensinamento social cristão no seu dia a dia – através dos princípios da Doutrina Social Cristã Para a ADCE, empresa é uma entidade constituída por pessoas que se organizam e contribuem com recursos econômicos, tecnológicos e do conhecimento para a produção de algum bem e serviço que satisfaça necessidades da sociedade – gerando valor adicionado e resultados econômicos que permitam a justa remuneração dos envolvidos e a sustentabilidade da empresa no tempo. Assumir a RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL tem como inspiração fundamental apoiar a construção de uma sociedade mais humana através de economia de mercado socialmente responsável. Contribui para melhorar a competitividade e a sustentabilidade integral das empresas, favorece o desenvolvimento sustentável, permite acesso a mercados, estimula o desenvolvimento dos colaboradores, favorece relações que promovam a sinergia com outras empresas do ramo e da cadeia produtiva. Acima de tudo, promove uma atitude favorável da sociedade e de seus colaboradores. Atitute que promove o bem comum e a realização de todos os envolvidos como pessoas humanas. A ADCE busca promover a visão e implementação de uma economia que sirva às pessoas, por meio do respeito à sua dignidade, no destino universal dos bens, na solidariedade, na subsidiariedade e no bem comum. Devemos ser capazes de estabelecer esses princípios como fundamentos da cultura de nossas empresas. Precisamos “Ver”, “Julgar” e “Agir”, em uma perspectiva mais ampla, equilibrando os requisitos do mundo dos negócios com os princípios ético-sociais. A crise atual que enfrentamos, sobretudo no aspecto moral, coloca a ADCE como ponto de referência na sociedade. Se o momento atual é de incertezas, o trabalho e as propostas da ADCE trazem a tona verdade e esperança: somente o comprometimento com os valores cria a correta relação entre desempenho econômico e dignidade humana. Neste sentido, a ADCE caminha com metas ousadas, buscando ocupar o espaço devido e se posicionando centrada em temas e questões de interesse nacionais. A presença ADCE se expande a cada dia, e os seus valores são difundidos por meio de concorridos encontros (como este de hoje), palestras, seminários e, sobretudo, com o PROGRAMA EMPRESA COM VALORES. Todas as nossas atividades tem como foco, aproximar os dirigentes de empresas para as questões ligadas à Responsabilidade Social Empresarial com objetivo de tornar o ambiente empresarial e de trabalho mais ético, justo e humano. Não podemos deixar de ressaltar que economia nacional vive tempos difíceis e turbulentos, com efeitos danosos para os empresários que sofrem as consequências de uma crise que reduz profundamente os rendimentos de suas empresas, põem em risco a sua sobrevivência e ameaçam muitos empregos. Entretanto, apesar das circunstâncias e da escuridão aparente, mantemos a esperança que os líderes políticos e empresariais recuperem a confiança, inspirem esperança e promovam as ações necessárias para reestabelecer a direção para a retomada do desenvolvimento do país. Os problemas atuais do Brasil e do mundo são tão complexos que sua solução depende da colaboração de todas as forças vivas da sociedade. Para enfrentá-los, porém, o papel dos empresários precisa evoluir. Devemos estar preparados para sermos os agentes transformadores de uma nova ordem mundial em uma nova economia, que seja mais inclusiva e sustentável, na qual a prosperidade global esteja baseada na dignidade do ser humano e no bem estar de todos. Neste século, muitos negócios produziram inovações maravilhosas, que tem curado doenças, aproximado pessoas através da tecnologia e criando a prosperidade de modos incontável. Infelizmente este século trouxe também muitos escândalos nos negócios e pertubações ecônomicas sérias, e uma erosão da confiança nas organizações ecônomicas e nas instituições do mercado em geral. Enfrentamos na vida cotidiana, os desafios de lidar com descaso dos valores morais, desigualdade social, distribuição de renda, precário atendimento médico, drogas e corrupção. -Nossos clientes anseiam por serviços responsáveis, de qualidade e relações éticas. -Nossos fornecedores pela ética nas relações comerciais cumprimento dos acordos e relacionamento duradouro. -Nossos colaboradores anseiam pela ética nas relações trabalhistas, não discriminação e justa remuneração. Brasil – Atual momento político As condições atuais brasileiras exigem um compromisso dos homens públicos, diferente do que se pratica hoje em dia e que um futuro melhor só será possível pelo caminho da democracia, da Constituição e das instituições, sempre regidas pela ética, orientadas para o bem comum e em favor da dignidade do ser humano. O Estado brasileiro está inchado e tem tamanho e custo excessivos em relação à capacidade contributiva dos seus cidadãos. Além do mais, é ineficiente e presta serviços de qualidade aquém das necessidades de sua população, especialmente na educação, atividade essencial e prioritária na transformação da nossa sociedade. Nossa democracia é jovem e imatura. Por um lado, pelo baixo comprometimento das lideranças políticas que se rendem ao capital que as financiam, praticam o “toma lá dá cá”, e atendem os interesses particulares em detrimento do coletivo e do bem comum. Por outro, pela incapacidade da população de criticar e de realizar boas escolhas quando do exercício do voto. Somos a favor das reformas que modernizem a política e o Estado, do livre mercado, da competição e do lucro justo e honesto, mas consideramos inaceitável qualquer armação ilegal entre poder público e a iniciativa privada, e que o interesse financeiro se sobreponha à dignidade humana. Devemos estar atentos para evitar a vida dividida quando desconectamos nossa fé e nossos valores, das ações do dia a dia. Ser firmes no combate à corrupção, intransigentes na malversação dos recursos públicos. Devemos ser incansáveis na geração de riqueza de forma sustentável e promover sua distribuição de maneira mais justa. Bom evento a todos. Sérgio Frade Presidente ADCE-MG